Vejam que não me referi á enogastronomia, e sim a gastronomia porque harmonização não se faz somente com vinhos. Como em matéria do Paladar, a harmonização de um prato pode ser feita com diversos e divinos liquidos, sejam eles cervejas, sucos, caipirinha, vinhos ou qualquer outro ou até nenhum, já que a principal harmonização, a meu ver, é com as pessoas. Neste fim de semana preparei um churrasco tradicional JFC, ou seja: lingüiça, costelinha e picanha. Antes, como aperitivo, tomei uma cerveja que me agrada muito, a Leffe. Já fui mais de cerveja, mas até hoje gosto de uma Stella Artois, de um chopp Warsteiner ou de uma Erdinger Weissbier, todas muito especiais, mas uma me completa, a cerveja de Abadia que é, normalmente, bastante cara, mas esta, de origem belga, nem tanto tendo harmonizado muito bem com carne seca (Beef Jerkee), defumada, desidratada e levemente apimentada , um substituto para meu saudoso e sempre apetecível “biltong”.
Agora, já que aqui se fala mesmo é de vinho, se mata a cobra e mostra o pau, aqui está minha principal harmonização deste fim de semana, a minha costelinha de porco na brasa com vinho verde, neste caso o gostoso Varanda do Conde um corte das uvas Alvarinho e Trajadura. Este é um vinho do qual tenho sempre uma garrafas em casa porque me dá muito prazer e é um perfeito companheiro para a costela ou um lombinho de porco no forno. De um intenso frescor e acidez rasgante, perfeitamente balanceado e pleno de sabor é uma perfeita combinação com comidas mais gordurosas. Há pouco tempo o usei numa harmonização com feijoada e tanto eu como os convivas, pode ter sido mera cortesia dos amigos, adoramos essa combinação. A acidez corta a gordura e realça sabores com ótimos resultados, uma de minhas harmonizações preferidas e um vinho que me grada muito e tem mais, não é caro custando algo próximo aos R$30,00 variando em 20% para cima ou para baixo dependendo de onde comprar. Outros vinhos verdes poderão ser opções, mas confesso que tenho uma queda pelo Varanda do Conde.
Experimente você e depois compartilhe suas opiniões conosco. Salute e kanimambo.
Nessa mesma linha, há uma eternidade, provei, e gostei, de um vinho que nunca mais vi, Moura Basto, um verde que me agradou muito. Você conhece? Aí perto, em São Bernardo havia uns restaurantes de bacalhau + vinho verde que faziam muito sucesso na época, Não sei se ainda existem.
Oi Edson, se não me engano quem trazia era a adega alentejana e creio que tomei esse vinho num restaurante portugues aqui da Vila madalena chamado Girassol, ou algo parecido. É gostoso, mas é bem mais leve do que o Varanda que tem mais corpo e é mais presente. Com uma costelinha esses vinhos verdes são deliciosos. Salute