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Archive for 20 de julho de 2009


             Como costumo dizer; vinho é bom, mas não é tudo.  Hoje é dia do amigo e apesar do adiantado da hora, não poderia deixar de me referir a ele usurpando as palavras de outro, até porque há dias e momentos em que temos que nos curvar à sabedoria de quem sabe mais que nós. Falar de amor e de amigos, poucos o fizeram com tanto ardor e tanta sabedoria como o nosso poetinha Vinicius de Moraes. Para todos os velhos e novos amigos, faço das palavras dele, as minhas e deixo que fale por mim! Salute a todos e kanimambo pelo carinho recebido.

Salute - Joffré

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outro s afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências …

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida, mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.

Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos, mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

Às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles e me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

Ps. Imagem recebida dos amigos da Joffré y Hijas. Gostei e mantive o idioma. Um brinde especial a todos

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Eta Pergunta Difícil!


question-mark-786291No ultimo Sábado, o amigo Cristiano (Vivendo Vinhos) me perguntou se eu já tinha tomados algum vinho de exceção este ano. Daqueles que você toma e exclama, UAU, vinhaço mexeu com minhas emoções me dando enorme prazer e persistiu na minha memória. Aquele tipo de vinho que te arrebata e desconcerta! Concluímos que poucos ou quase nenhum chegou a esse nível. Tomamos grandes vinhos, sim, mas ……. Vim para casa pensando nisso.

Se tivesse que enumerar alguns vinhos de exceção quais seriam? Quais os reais candidatos a um dos tronos disponíveis no meu Monte do Olímpio onde, no final do ano, doze Deuses se sentarão ao lado de Baco? Passando um pouco da metade do ano e mais de 350 vinhos provados, tenho sete candidatos; Santa Eufêmia Porto Branco 73 (já está com um pé lá), Protos Gran Reserva 2001, Minimus Anima 2005, Casa Marin Syrah 2005, Vinha Barrosa 2005 e Chateau Monbrison 2001 (tomado ontem). E você? Que vinhos mexeram consigo este ano? Não necessariamente devam ser vinhos de preço exageradamente alto, veja o caso do Minimus, mas tem que ter arrebatado seu coração. Tomou alguns desse naipe, então compartilhe conosco vai?

Salute e kanimambo

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